sábado, 11 de fevereiro de 2006

Um pouco da nossa história

«A antiga freguesia de Santa Margarida foi vigararia da Ordem de Cristo e da Apresentação da Mesa de Consciência no termo de Proença-a-Nova.

O povoamento deste território remonta a tempos muito anteriores à formação da Nacionalidade (o que se pode comprovar através de vestígios de presença castreja na proximidade).
Como habitual na região Egitanense, a população devia ser muito reduzida, podendo mesmo ter desaparecido por volta do século XII, o que levou a que o povoamento definitivo surgisse tardiamente (sobretudo a partir da segunda metade do século XVII, graças ao afluxo de gente em busca dos filões de minério, especialmente volfrâmio).
O nome primitivo desta freguesia poderá ter sido o de uma velha família do tempo da acção repovoada dos irmão Gosende, que se terá perdido no tempo. Por esta razão era conhecida apenas pelo vocábulo “aldeia”, e tal como em muitas outras localidades, a este vocábulo ter-se-á agregado o nome de um santo (Santa Margarida).
Santa Margarida, de quem pouco se sabe, diz-se que terá vivido nos finais do século III, perto de Antioquia (cidade turca de grande relevância na época) e que terá sido expulsa de casa por se ter convertido ao Cristianismo. Mais tarde dedicou-se à pastorícia e a acabou por morrer ao manter a sua convicção religiosa. Em determinada altura torna-se muito popular, dando nome a pessoas e localidades em todo o mundo (a própria Joana D’ Arc terá dito que Santa Margarida era uma das vozes que lhe falavam desde os treze anos e que a guiaram durante a sua missão).
Há também quem defenda que o nome terá como origem um Monte chamado Margarida, que seria de vital importância para uma população que subsistia essencialmente graças à agricultura.
Esta aldeia é também conhecida como a terra dos Fogueteiros, pois há muito que se fixou aí uma fábrica de pirotecnia.
Em relação a Santa Margarida, conta-se uma história de uma mulher que habitava no Monte Margarito, numa ermida, e que após a sua morte e enterro no Adro da Igreja da Aldeia de Santa Margarida terá a sua filha de doze anos chorado tanto em cima de sua campa que terá também acabado por morrer. Ainda hoje se recitam versos que recordam esta história:
“Que fazes ò mãe em cama tão fria,
Não durmas, à noite saiamos daqui,
Acorda, não ouves a pobre Maria?
Pequena, sozinha, chorando por ti.”»

Retirado da página da
InterRegiões.Net.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como é que vamos de arqueologia por essa terra?

Helder Robalo disse...

Honestamente não sei. Mas penso que é uma actividade sem grande representação.