quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

"Despesas correntes levam dinheiro do FEF " - Reconquista

Noticia do jornal Reconquista, publicada no seu site da internet.

O orçamento da Câmara Municipal de Idanha para o ano de 2009 é de 22 milhões de euros, o maior orçamento apresentado até hoje naquela autarquia, como destacou o presidente da Câmara.

O Orçamento e as Grandes Opções do Plano estiveram em discussão na Assembleia Municipal realizada no dia 29 e foram aprovados por maioria, com oito votos contra do Partido Social Democrata. Este é, segundo explicou Álvaro Rocha, um orçamento baseado no FEF – Fundo de Equilíbrio Financeiro (54 por cento), nos empréstimos (23 por cento), nos Fundos Comunitários e em Bens e Serviços (seis por cento a cada parcela) e noutras receitas, que todas somadas atingem os 11 por cento.

O autarca destacou, depois, algumas obras mais relevantes deste documento. Nomeadamente os arranjos importantes a levar a cabo na Rua da Filarmónica, em Idanha, a requalificação da zona do mercado da Zebreira, a ampliação do Lar da Zebreira, a construção do Lar de Oledo, o saneamento do Couto dos Correias, a beneficiação da zona do Bodo de Monfortinho, a variante que liga Zebreira a Monforte, o Pavilhão de Micro Empresas da Zona Industrial de Idanha-a-Nova, a beneficiação das escolas do concelho, a urbanização de S. Miguel d’ Acha e o pavilhão Multifunções, da Aldeia de Santa Margarida.

No entanto, Álvaro Rocha destaca que há obras em todas as freguesias do concelho e que estas são enquadradas de acordo com os presidentes de Junta. Porque, como argumentou, todos são chamados para dizerem o que querem para as suas terras. Uma resposta directa ao deputado do PSD, Paulo Batista, que deixou antever alguma pressão junto dos autarcas das freguesias, sobretudo os do seu partido, para que votassem favoravelmente o orçamento, pelo que o PSD lhes dava liberdade de voto. O que, de facto, veio a acontecer, com todos os presidentes de Junta a aprovarem o orçamento e o plano de actividades.

Por parte do PSD, João Cabral fez a análise dos documentos em discussão. E disse, logo à partida que “não estamos aqui para que os orçamentos sejam maiores todos os anos”.

E começou por adiantar que as despesas correntes da Câmara absorvem praticamente o valor recebido do FEF, ficando, apenas, outros tipos de financiamento para fazer obras. Quanto a outras rubricas, sublinhou que um investimento previsto para construções diversas deveria ser mais detalhado. “Não estão especificadas as obras que se vão executar, para sabermos onde vai ser gasto esse valor”, referiu.

Já no campo da Educação destacou que os sete por cento do orçamento previstos para este campo são insuficientes. Sobretudo, quando no documento se diz que “a educação é crucial para a sobrevivência do concelho”, citou. E reiterou, ainda, que este montante inclui obras a levar a cabo nos estabelecimentos. “Temos que ter outros objectivos concretos, que tragam mais valia”, disse.

Os 14 por cento do orçamento destinados ao Desporto também não agradaram à bancada do PSD, o que levou João Cabral a dizer que “estamos a gastar muito dinheiro nesta área”, enquanto que, na Acção Social, “não vejo referência aos jovens”, o que para ele, “não olhar para a gente jovem é um erro”.

Esta foi uma reunião sem grandes crispações, até porque o presidente da Assembleia, lembrou a tempo, que se estava em época festiva."

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